21.10.07

Errar é humano sim. Mas persistir no erro...




Há muito se sabe que é fazendo que se aprende e é na prática que aprendemos a importância de realizar algo bem feito. No caso da Publicidade um erro - mais especificamente o erro de português - pode ser fatal.

Acredito que você, pelo menos uma vez na vida, já viu de muito perto um anúncio com algum erro de português. Alguns são tão indecentes que podem ser avistados de longe. Cartazes,
folders, pequenos anúncios em jornais e até mesmo em outdoors. Neste caso, uma "falha" no português não tem o perfil de "erro", e sim de uma imensurável falta de atenção. Digo isso porque me deparo freqüentemente com anúncios feitos por profissionais ou pessoas que, sem formação alguma no ramo, se auto denominam profissionais da publicidade. Em muitos casos, quando se trata de anúncios particulares, muitos caem na risada e no mesmo instante, os que vêem tais divulgações, se desculpam pela "falha" do outro: nossa língua é muito complexa, muitos não freqüentaram a escola, blá, blá, blá. Mas não quero discutir aqui estes anúncios particulares, prefiro tratar daquilo que estudo e pretendo me especializar: a Publicidade Superior, termo pelo qual reconheço ser um grupo de pessoas capazes de acreditar que esta é uma profissão que merece graduação e dedicação em pesquisas, estudos etc.

O que realmente engrossa minha aorta é o fato de ver muito próximo a mim erros cometidos por colegas de sala. Estou no 4° período de Publicidade e muitas vezes me deparo com erros que, sinceramente, nem no primário deveriam ser
aceitos. Tempos verbais em completa discordância, vírgulas engolidas ou fartamente distribuídas; uma dificuldade extrema de muitos em transmitir de forma escrita o que pensam. Pessoas que sabem da sua dificuldade e, ao invés de afundarem a cara nos livros, preferem culpar o ensino fraco que tiveram nos primeiros anos de escola. E ainda dizem ter preguiça de ler, culpando novamente o fraco sistema de ensino escolar.

Não me acho melhor do que ninguém quando o assunto é redigir um texto, porque também cometo erros. Minhas falhas, de modo geral, procuro corrigir aprendendo da seguinte forma: leio,
releio, peço para três ou quatro pessoas lerem e opinarem a respeito do assunto e da escrita. Neste caso, saber o que os outros pensam sobre sua forma de transmitir idéias é fundamental. Muitas vezes o que produzimos torna-se motivo de orgulho para a família. O que muitas vezes não pensamos é se tudo o que criamos é real para o meio em que vivemos - item fundamental para uma aprovação de verdade. Acredito que para conhecermos nosso potencial e firmarmos o que queremos ser, é preciso a certificação de outras pessoas, que num momento de crítica, não lançarão olhares sentimentais e obrigações de agrado.

Temos medo da resposta. É natural sentir medo de ser reprovado. A gente só não costuma entender em tempo real que a negação contribui para o crescimento, mas só daqueles que a usam para se fortalecer. Temos medo de pensar que precisamos melhorar sempre a nossa condição, seja ela profissional ou pessoal. E isso é mais do que medo, é covardia.

Na universidade temos ao nosso dispor professores que são verdadeiros colaboradores, prontos a ajudar e explicar quantas vezes for necessário. Mas a covardia parece mesmo ser uma questão dominante, onde um não pergunta e o outro fica na dúvida para sempre.

Quem tem medo de pensar, de olhar para dentro de sua mente e tentar ver o mais longe que puder, não vai sobreviver por muito tempo. Vai morrer de fome, de sede e só irá contribuir para uma sociedade cada vez mais dominada, burra e com um belo
cabresto enfeitando a cuca. Vai se perder no mundo, ficar sem rumo, sem saber o que fazer.

Informação a gente bebe, traga, inala e prensa até engolir tudo o que pudermos. Depois, o que vale mesmo é a filtragem do que presta, do que é bom e útil para qualquer
atividade que façamos.

Você pensa em se formar em Publicidade ou pensa em ser, de fato, um Publicitário?


Fonte da Imagem: http://karinedias.multiply.com

PS: para ver a imagem em tamanho real, clique sobre ela ou acesse o link da fonte pesquisada.

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